Faz tempo que eu tô pra fazer esse post. Os últimos meses têm sido uma
verdadeira loucura, minha vida virou de cabeça pra baixo. Muita gente chegou
nesse humilde espacinho na internet e eu meio que preciso desabafar, então já
se aprochegue que lá vem coisa.
JÁ É INSCRITO NO CANAL?
Se inscreve lá, por que ajuda pra caramba! :)
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O blog onde você tá lendo esse texto tem mais de cinco anos. Sabe o canal onde
eu posto meus vídeos no YouTube? Pois bem, ele existe há quase o mesmo tempo.
Durante anos da minha vida, eu me dediquei ao UB [Um Bookaholic], falando
sobre os livros que eu (des)gosto, surtando por coisas que fazem meu
coração bater mais rápido, colocando perucas coloridas na cabeça e
incorporando personagens esquisitos.
É importante deixar claro que eu sempre amei fazer o que eu faço e sempre fiz
por amor. Poucas vezes (duas, pra ser mais exato) eu tive algum retorno
financeiro por conta disso tudo. Digo com minha consciência tranquila e meu
coração aberto de que foi puramente amor e vontade de conversar sobre
literatura que sustentou esse canto na internet por mais de 5 anos. Mas uma
coisa é certa: ninguém abre um espaço na internet pra ficar falando sozinho.
Apesar de gostar de falar, todo produtor de conteúdo almeja uma grande público
e reconhecimento. E tá tudo bem.
Durante esse anos, eu consegui juntar 3000 inscritos no
YouTube, 2400
seguidores no
Instagram e
5000 seguidores no
Twitter (mas
essa rede social, especificamente, é minha favorita e tenho desde antes do UB.
Uso a mesma conta desde meus 12 anos de idade). Eu ficava extremamente feliz
com todas essas pessoas me acompanho, por que, apesar de poucas (se comparado
aos outros canais do booktube), sempre que eu postava um vídeo, eu
tinha comentários e eu podia, de fato, conversar. Sempre fui e sempre serei
grato às pessoas que chegaram aqui antes de maio de 2020.
Abaixo, meu tweet pedindo ajuda pra chegar aos 3.500 inscritos em maio desse
ano:
Quase 3500 🗣️ pic.twitter.com/yB7u8YHABY
— Alec Costa ✊🏿 (@umbookaholic) May 23, 2020
Acontece que nesse mesmo mês eu denunciei um caso de racismo e fiz uma foto
que "viralizou" no bookstagram (que é um jeito fofo de chamar a
comunidade que fala sobre livros no Instagram). Em um dia, meu número de
seguidores por lá dobrou. Atualmente, meu perfil junta mais de 10.100 na
plataforma. No YouTube, fui de 3.500 pra mais de 8.000. No Twitter, fui dos
5.000 pros quase 9.000.
Ok, Alec, o que você quer dizer com tudo isso?
Em essência, meu conteúdo é exatamente o mesmo desde que eu comecei. Eu fico
muito incomodado e me sentindo muito mal sempre que paro pra pensar que meu
trabalho por aqui pode ter sido reconhecido apenas por ter denunciado um caso
criminoso. Por anos eu faço a mesma coisa, mas eu precisei
literalmente gritar e chorar, passar noites sem dormir, pra ser
finalmente reconhecido. A gente que é preto precisa estar rasgando a própria
prega vocal falando sobre como a gente não aguenta mais se ver morto nas ruas
pra ser visto.
Isso tudo aconteceu, obviamente, na internet durante a quarentena e não
afetava tanto a minha vida fora dela. Até que em junho eu recebi meu email de
demissão da livraria onde eu trabalhava, informando que a gente precisaria ir
até lá iniciar o processo de fechamento da loja.
Caso você se interesse, tá saindo uma série de vlogs lá no canal mostrando
tudo pra vocês. 😀
Me deparei com um mar de inseguranças, medos e incertezas à minha
frente.
Mas, como se tudo acontecesse por um motivo, diversas oportunidades me foram
oferecidas e agarrei todas. O Victor Almeida, do
Geek Freak, me
convidou pra ajudar na Booktubatona; a
Pam Gonçalves e a Maria, do
motivatudy, me convidaram pra uma live; Diana Passy, editora da Editora Seguinte e
criadora da Flipop me convidou pra mediar uma mesa; todas essas coisas fizeram
com que minha voz se projetasse mais e ajudou a elevar a palavra dos meus.
Gratidão.
Honestamente, eu não sei onde eu quero chegar com esse post. Sentia que
precisava compartilhar um pouco dessa doideira que tá sendo a minha vida e
gostaria de agradecer por todo o apoio que vocês têm me dado. Isso tudo é
muito importante pra mim e algo me diz que é só o começo.
Não é só sobre mim. No fim das coisas, é bem maior. Cada conquista
do UB é nossa.
Ubuntu. ✊🏿
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