O Coração da Esfinge, da Colleen Houck

Imagem original por Perdida na Biblioteca

Saluton!

Depois de muito tempo que li o livro, hoje eu venho contar pra vocês o que eu achei de O Coração da Esfinge, que é o segundo livro da série Deuses do Egito, escrita pela Colleen Houck. O primeiro livro já tem resenha aqui no blog e no canal, confira! 😃


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SINOPSE
Lily Young achou que viajar pelo mundo com um príncipe egípcio tinha sido sua maior aventura. Mas a grande jornada de sua vida ainda está para começar.
Depois que Amon e Lily se separaram de maneira trágica, ele se transportou para o mundo dos mortos – aquilo que os mortais chamam de inferno. Atormentado pela perda de seu grande e único amor, ele prefere viver em agonia a recorrer à energia vital dela mais uma vez.
Arrasada, Lily vai se refugiar na fazenda da avó. Mesmo em outra dimensão, ela ainda consegue sentir a dor de Amon, e nunca deixa de sonhar com o sofrimento infinito de seu amado. Isso porque, antes de partir, Amon deu uma coisa muito especial a ela: um amuleto que os conecta, mesmo em mundos opostos.
Com a ajuda do deus da mumificação, Lily vai descobrir que deve usar esse objeto para libertar o príncipe egípcio e salvar seus reinos da escuridão e do caos. Resta saber se ela estará pronta para fazer o que for preciso.
Nesta sequência de O Despertar do Príncipe, o lado mais sombrio e secreto da mitologia egípcia é explorado com um romance apaixonante, cenas de tirar o fôlego e reviravoltas assombrosas.


Essa resenha não tem spoiler, fiquem tranquilos. :)

O O Coração da Esfinge, segundo livro da trilogia, começa um pouco depois de O Despertar do Príncipe e segue dando continuidade à história de Lily Young. Esse volume está bem mais sombrio e é clara a expansão que a autora deu pro universo dela. Além de tudo estar mais sombrio do que era, os personagens estão mais profundos e a protagonista mais coerente.

Não vou conseguir escrever essa resenha e demorar a falar da coisa mais legal dessa parte da história: a esfinge. Não vou falar o que exatamente é a esfinge pra não dar spoiler, mas o que vocês precisam saber é que ela é uma espécie de entidade. A gente vai ter essa coisa permeando boa parte da história. A forma como, através das palavras da autora, ela parece transbordar sabedoria e invencibilidade é espetacular. A Lily muda completamente a partir do encontro entre as duas e isso é bem legal! A protagonista pode irritar alguns leitores no primeiro volume, mas em O Coração da Esfinge ela cresce muito como pessoa, o que é um ponto muito positivo.

Renascemos.
Somos esfinge.

Assim como em O Despertar do Príncipe, a Houck vai nos dar uma surra de cultura. Aqui, ela segue nos contando as histórias dos deuses, que vai muito além do arco Lily-príncipes. Dessa vez a gente ainda mais deuses do Panteão egípcio, o que dá uma cara mais sombria e perigosa pra história. Outra coisa bacana de se ver, é a forma como esses deuses, apesar de impiedosos, são tridimensionais. Os diálogos entre eles são sensacionais, dá pra sentir a imponência deles em cada ato, cada fala.

Como já li e sou fã da outra saga da autora, é meio que impossível não fazer comparações. Esse volume é parecido demais com o O Resgate do Tigre, segundo livro da Saga dos Tigres, e isso fez com que a história se tornasse um pouco previsível. O fato do amor da protagonista ter sido levado e ela, junto ao(s) irmão(s) dele, ir procurá-lo... Hm... Me lembrou muito Kishan e Lily saindo resgate d Ren. Mas, calma, isso não tirou mérito da história, continuo achando o livro ótimo! :)

Na minha opinião, uma das características mais marcantes da autora, é a forma como ela escrever certas frases que nos fazem refletir. O Coração da Esfinge é um livro intenso, sobre amor, perda e o verdadeiro valor das coisas. A Houck segue nos fazendo repensar nossos atos e relacionamentos, o que eu acho maravilhoso! <3

Se fracassarmos, pelo menos lutamos para nos livrar das amarras que nos foram impostas. Ninguém pode nos censurar pela tentativa que fizemos de nos tornarmos algo mais.

Às vezes são necessários sacrifícios e precisamos abrir mão da coisa que mais desejamos no mundo para que outros possam viver contentes e felizes.

Se você acompanha o Um Bookaholic, sabe bem que não curto muito romances. Lily e Amon são um exceção. Essa história é daquele tipo que te faz torcer pelo casal cada vez mais! Algumas dúvidas entram na cabeça da Lily e o Amon se mostra um pouco diferente do normal. O impacto que isso tem nos dois é enorme e vai traçar boa parte da trama. O amor deles é tão puro e bonito.

Olhe, se há uma coisa no Universo pela qual vale a pena viver, e lutar, é o amor. Eu amo Amon. Ele está sofrendo e quero pôr fim ao sofrimento dele. Se isso ajudar o mundo, melhor ainda. Se isso significa que Seth permanecerá encarcerado por mais alguns milhares de anos, tudo bem para mim. Do meu ponto de vista, ele é problema de vocês, não meu. [...] A única coisa que eu estou pedindo é permissão para viajar ao mundo dos mortos. Nada mais. Agradeço que tenham contado a sua história. Entendo seu dilema. Mas estamos aqui sentados revivendo o passado por tempo demais. É hora de agir. Portanto acho que a verdadeira questão é: vocês dois, deuses, vão se posicionar como os seres onipotentes e oniscientes que espera que sejam? Ou vão ficar aqui sentados, chafurdando no passado, até que seja tarde demais para fazer alguma coisa importante e, como consequência, relegar o inocente que não fez nada para merecer seu desprezo a um destino pior do que a morte?

Intenso e ousado, não?

Enfim, esse livro, como eu disse, fala muito sobre dor e perda. Durante a leitura dessa história, vivi a maior coincidência da minha vida, já que estava passando por um momento complicado e estava meio frágil. Certas frases falavam direto com o meu coração.

Todas as dores do mundo desaparecem se você puder encontrar um motivo para rir e, se não puder, as coisas costumam parecer diferentes pela manhã.


O Coração da Esfinge é um livro intenso, sobre dor e perda. De forma simples, Colleen Houck nos faz viver uma jornada incrível e, ao mesmo tempo, nos faz ter fé no poder do amor.

E aí? Já leu ou ficou com vontade?
Comente sua opinião! \o/
Alec Costa

Sou viciado em cafeína, ouço cem vezes as mesmas músicas, sempre deixo queimar o pão de queijo e jogo a colher no lixo, ao invés do pote de iogurte. Ah, e sou sempre o primeiro a derramar refrigerante nas festas. twitter instagram youtube email spotify

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