A Biblioteca Invisível, da Genevieve Cogman


Saluton!

Hoje, depois de quase dois meses sem aparecer por aqui, venho contar pra vocês sobre a leitura de A Biblioteca Invisível, da Genevieve Cogman. Gostaria de agradecer ao Leo, do Trilhando Histórias, que me deu de presente esse livro, que tava na minha wishlist havia um tempão. ❤


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SINOPSE
Irene é uma espiã profissional da misteriosa Biblioteca, uma organização que existe fora do tempo e espaço e que coleciona livros e manuscritos de diferentes realidades. Junto com seu enigmático assistente Kai, ela é enviada para uma Londres alternativa com a missão de recuperar um perigoso livro. Mas quando chegam, ele já foi roubado.

As principais facções do submundo londrino estão prontas para lutar até a morte para achá-lo, e a missão de Irene é dificultada pelo fato de que o mundo está infestado pelo Caos - as leis da natureza foram distorcidas para permitir a existência de criaturas sobrenaturais e mágicas imprevisíveis.

Enquanto seu novo assistente guarda seus próprios segredos, Irene logo se vê envolvida em uma aventura repleta de ladrões, assassinos e sociedades secretas, onde a própria realidade está em perigo e falhar não é uma opção.


Essa resenha não tem spoiler, fiquem tranquilos. :)

Esse é um livro muito louco. Sim, vai ser assim que vou começar esse post: falando do modo como tudo pode acontecer. Nesse mundo criado pela Cogman, a gente vai ter várias realidades e mundos paralelos ao nosso e, no meio disso tudo, uma biblioteca colossal, com *milhões* de livros. A missão dessa biblioteca é armazenar livros dessas diferentes realidades pra que suas histórias não se percam. O que existe nesses outros mundos é, basicamente, ditado pelas histórias e livros importantes que eles possuem; então sim, os livros meio que moldam o universo.

O objetivo da Biblioteca era esse: pelo menos o que lhe fora ensinado. Não se tratava de uma missão maior de salvar mundos, mas de encontrar obras únicas de ficção e guardá-las em um lugar fora do tempo e do espaço. Algumas pessoas talvez achassem um jeito bobo de passar a eternidade, mas Irene estava feliz com sua escolha. Qualquer um que realmente amasse histórias compreenderia.

Apesar de ter gostado da imprevisibilidade das ações e dos acontecimentos, umas coisas sem muita explicação acontecem. Uso de exemplo uma cena em que eles estão em um baile e, do nada, todas as pessoas ali presentes começam a ser atacadas por jacarés ciborgues. Sim.



Na minha opinião, a autora não se preocupou muito em dar explicações de como ou por quê tudo aquilo está acontecendo, o que é bom e ruim pra história. Bom por que acelera a narrativa e dá um certo tom cômico pra história e ruim por que faz com que certos leitores mais exigentes - eu - sintam um vazio, um certo buraco na trama. De forma alguma isso é um ponto negativo, mas achei importante mencionar aqui. 😉

O fato da nossa protagonista - a Irene - ser uma Bibliotecária, serve bastante pra criar aquele reconhecimento, aquela identificação. Ao longo da história, a personagem principal vai falando de sua relação com os livros e é lindo demais; é bonito, é puro e fácil de se identificar. Às vezes d´uma vontade imensa de trocar de lugar com a Irene só pra ter a oportunidade de visitar a Biblioteca e e vivenciar tudo aquilo. E mais: o tempo lá praticamente não passa, então vocês imaginem quantos livros poderiam ser lidos! Quantas histórias, quantos mundos, quantos mistérios! 😍

Todos nós ligados à Biblioteca somos pessoas que escolheram essa forma de vida porque amamos livros. [...] Queremos livros. Amamos livros. Vivemos com livros.

Uma coisa que não consegui entender muito bem, foi a função dos dragões dentro da história. Esses seres conseguem transitar por entre essas realidades paralelas e meio que são atraídos pelo Caos. Eles [os dragões] são criaturas da Ordem, logo, precisam deter o Caos. Irene teve contato com um dragão no passado, mas esse encontro é meio mal contado, o que gera certa curiosidade no leitor, o que foi bem bacana. Esses seres são bem distantes, pelo menos nesse primeiro livro, o que criou uma aura de superioridade em volta deles.

Gostei bastante dos personagens dessa história, Kai e Vale, por exemplo. Os coadjuvantes, em certos momentos, passam a ser mais interessantes que a protagonista. Eles são multi-facetados, diferente da Irene, que parece ser meio unidimensional. Essas personagens vão sendo testados ao longo de toda a trama e a reação da protagonista é meio esperada, sabe? Ao mesmo tempo que a gente vê uma personagem durona, a gente vê uma personagem meio perdida, sem controle da situação.

No final das contas, A Biblioteca Invisível é um livro sobre livros, com frases que fazem a gente suspirar e querer viver pra sempre na Biblioteca, lendo e relendo nossas histórias preferidas.


Sobre a edição: essa é a primeira publicação da Editora Morro Branco e já os parabenizo pela edição bem caprichada. Apesar de achar a capa lindíssima, não gostei muito do material, que amassa, marca (e, provavelmente, rasga) com facilidade. Também vi alguns problemas de revisão: falta de vírgulas e travessão nos lugares errados (precisei reler diálogos inteiros, pra poder entender direitinho). Mas, como é a primeira publicação da editora, a gente entende, não é? :)


Quero muito dar continuidade a leitura dessa saga de cinco volumes. Tô bem empolgado e mal posso esperar pra rever a Biblioteca.


A Biblioteca Invisível é o tipo de livro que todo bibliófilo precisa ler um dia; um livro sobre livros. Um mundo de fantasia muito divertido com uma pitada de mistério.

E aí? Já leu ou ficou com vontade?
Comente sua opinião! \o/
Alec Costa

Sou viciado em cafeína, ouço cem vezes as mesmas músicas, sempre deixo queimar o pão de queijo e jogo a colher no lixo, ao invés do pote de iogurte. Ah, e sou sempre o primeiro a derramar refrigerante nas festas. twitter instagram youtube email spotify

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