Tô há um certo tempo sumido, não? Pois é, gente, tem sido complicado; ter 95% do corpo se dedicando a criar paranoias não é fácil. Enfim, não estamos aqui pra falar sobre mim, né? Bora pra resenha!
Como vocês sabem, todo mês rola, aqui na minha cidade, um clube de leitura, que é organizado por mim e mais dois amigos, Kelly e Leo, e o livro escolhido pro mês de Setembro foi o Suicidas. Eu fui uma das pessoas que votaram pra que ele fosse o livro do mês, por que todos amam esse livro/autor e, claro, eu queria me enturmar! :P
// Gostaria de agradecer ao Marlon, por ter me emprestado o livro! Valeu, cara! <3
Vale dizer que esse foi o meu primeiro contato a escrita do autor e, caras... não foi uma experiência muito legal, já adianto.
SINOPSE
Um porão, nove jovens e uma Magnum 608. O que poderia ter levado universitários da elite carioca – e aparentemente sem problemas – a participarem de uma roleta-russa? Um ano depois do trágico evento, que terminou de forma violenta e bizarramente misteriosa, uma nova pista, até então mantida em segredo pela polícia, ilumina o nebuloso caso. Sob o comando da delegada Diana Guimarães, as mães desses jovens são reunidas para tentar entender o que realmente aconteceu, e os motivos que levaram seus filhos a cometerem suicídio. Por meio da leitura das anotações feitas por um dos suicidas durante o fatídico episódio, as mães são submersas no turbilhão de momentos que culminaram na morte dos seus filhos. A reunião se dá em clima de tensão absoluta, verdades são ditas sem a falsa piedade das máscaras sociais e, sorrateiramente, algo muito maior começa a se revelar.
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Essa resenha não vai ter spoiler, fiquem tranquilos. :)
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Essa resenha não vai ter spoiler, fiquem tranquilos. :)
Desde sempre ouvi falar muito bem do autor, seja por sua narrativa, plot twists ou personagens. Você não precisa procurar muito pra encontrar alguém que já tenha lido e amado algum (ou todos) os livros do autor. Peguei Suicidas por ser o livro favorito do autor favorito de um amigo meu, e por ele ser o livro do mês do Clube de Leitura da minha cidade. Depois de tanto ver meus booktubers/blogueiros favoritos recomendando, com expectativas nas alturas, peguei o primeiro livro do autor.
Suicidas, basicamente, conta a história de nove pessoas que se matam. nove jovens que, por motivos não muito convincentes (!), decidem se matar. Sabe o jogo roleta russa? Pois é, um deles convida oito outros jovens pra participar desse jogo que vai tirar a vida de todos. "Mas, Álex, numa roleta russa, só morre uma pessoa", você me diz. Sim, mas não para o excelentíssimo Raphael Montes.
Eu até cheguei a comentar com uns amigos que, quando peguei o livro pela primeira vez, eu comecei a ler, pisquei e já tava na página 50. A escrita do autor é ágil, gostosa de se ler e te prende do início ao fim. Raphael não nos poupa dos detalhes e descreve muito bem os que os personagens fazem e sentem. O livro tem três formas de narrativa (formas essas que são bem distintas entre si): uma gravação em áudio da reunião que foi feita com os mães, um ano depois do suicídio; um livro que tava sendo escrito por um dos personagens do livro, onde ele escrevia tudo em tempo real, do que tava acontecendo no dia; e umas entradas de um diário que foi encontrado no quarto de um dos suicidas.
Durante o livro, dois "mistérios" (!) ficam em aberto. Optei por não falar quais são, pra não estragar a experiência de vocês, mas vou dar meu parecer. O livro todo é voltado pra saber quem é que tá por trás disso tudo, pra descobrir quem tramou isso. Ao longo do livro o autor vai nos dando pistas de quem é o "vilão", mas, ao mesmo tempo, não nos dá pista nenhuma. Ele vai criando situações, conflitos entre os personagens, que, pra um leitor mais atento, não passa despercebido. Fique atento a personagens que se preocupam demais, que parecem bonzinhos demais, por que ele pode ser o Capitão Gancho da história.
Até que ponto realmente conhecemos as pessoas?
Enquanto eu fazia a leitura, eu ia comentando com o meu amigo (o mesmo que me emprestou o livro) e ele não me deixa mentir: matei a tramoia toda no meiozinho da história. Ok, vai. Não a história toda, mas boa parte dela. Descobri quem tava por trás de tudo e grande parte de como ele fez o que fez. Isso foi bem frustrante, por que não pude aproveitar 100% do livro, já que eu já tinha solucionado o mistério... As explicações que o autor deu e as motivações dos personagens não foram o bastante, não me convenceram. Dos nove suicidas, só uns dois eu realmente entendi e comprei a verdade/visão deles. O autor não se preocupou em nos dar razões, isso me irritou. A impressão que eu tive, é que ele 'tava a fim de escrever um livro pra chocar (pura e simplesmente), daí saiu Suicidas. O livro tem umas cenas bem pesadas; coisas como estupro, necrofilia (!!!!!!!!!!), abuso sexual, tortura, homofobia e etc.
O livro é de leitura rápida (li 45% num dia e 55% no outro), como eu disse anteriormente, a gente fica bem preso até o final. Gostei do novo tipo de narrativa que o autor nos apresentou e, principalmente, das mães, que foi a parte mais real de todas (!). Senti a dor das mães, fiquei comovido com elas e, mais do que nunca, senti uma vontade imensa de ir lá e dar um abraço nelas.
Pretendo dar uma nova oportunidade pro autor com seu segundo livro, o Dia Perfeitos. Acredito que, embora Suicidas não tenha dado certo comigo, o autor tem mais a me oferecer.
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Suicidas é um livro de leitura rápida; leia e tire suas próprias conclusões e volte aqui, pra gente bater um papo! :)
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