Sobre desapego e o verdadeiro valor dos livros


Saluton!

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Desde que comecei a reviver essa coisa de fazer parte de comunidades (fandoms) no Twitter, eu conheci gente de todo canto, de todo tipo. Gente que lê livro no celular, gente que comprou um tablet só pra poder ler, gente que consegue comprar tudo o que quer ler. Ver essas pessoas que leram de formas diferentes interagindo, conversando sobre a mesma coisa, abriu muito a minha cabeça.

Acho que ficou meio confuso, né? Bora conversar sobre isso.


Quem me acompanha no Twitter (se não me segue ainda, segue lá!) sabe que eu tô muito viciado nos livros da Cassandra Clare. Li 4 livros dela no espaço de uma semana, reassisti o filme de Cidade dos Ossos um zilhão de vezes, maratonei Shadowhunters com a minha mãe, enfim; eu tô numa vibe muito boa. Conheci muita gente no Twitter por conta disso, pq falam sobre esse universo, compartilham teorias e fanarts. Porque eu tô falando isso, afinal de contas? Por que todas essas pessoas leram a mesma coisa, a mesma história, de formas diferentes: seja no celular, no tablet, no kindle ou no livro físico. Todos eles torcendo pelo mesmo personagem, sofrendo a perda deles, comemorando suas vitórias.

Isso me fez perceber, mais do que nunca, como histórias são coisas incríveis. Não é o livro de capa dura, com o melhor papel, comprado na melhor livraria que vai ficar pra sempre com a gente... é a história. Vejo muita gente que sente vergonha (!!!) da sua coleção de livros por que ela é composta de muitos livros de versão econômica. 'cês já pararam pra pensar como isso é ruim?

Quer ler uma boa história? Tem um livro que você tá louco pra ler? Leia no celular; leia no tablet; leia no Kindle; leia no livro físico. Leia. *


Viver no meio dessas pessoas e todas essas ideias me fez repensar muito a minha relação com a minha coleção... com os meus livros, individualmente. Sempre fui daquele tipo de leitor que não abre muito o livro pra não quebrar a lombada, que fica chateado quando tem uma orelha ou um arranhãozinho na capa, que abomina o uso de marcador de página ou caneta; cada dia isso muda um pouquinho. Desde que entrei no booktube, por exemplo, passei a usar post-its nos meus livros... isso foi o começo, digamos. Um dos meus sonhos é poder construir uma família e deixar pros meus filhos e netos a minha coleção. Meus livros com minhas marcações.

Fiquei pensando sobre isso, até que me fiz a seguinte pergunta: Qual seria a diferença, pros meus descendentes, entre o livro que tá minha estante e o livro que eles podem comprar na livraria, novinho? Se eu continuasse como sempre fui - o leitor que quer manter o livro intacto -, nenhuma. Agora, escrevendo, usando post-it, *marcando*, a diferença é clara e óbvia: aquele livro é meu. Mais do que o da livraria. Eu li aquele livro, eu destaquei o que foi importante pra mim. Tem um pedacinho do Alex que leu aquele livro pela primeira vez. Quem ler aquele livro depois de mim, vai saber o que me marcou, o que fez com que o livro fosse especial pra mim... vai ler comigo

Fala aí, isso é mágico, não?

O intuito desse post é propor uma discussão, uma bate papo legal entre a gente. Deixa aí embaixo o que você pensa sobre o assunto! 😃

PERGUNTAS QUE VOCÊ PODE RESPONDER
Qual o verdadeiro valor dos livros?
Você empresta seus livros?
Você já leu livro emprestado? Se sim, quando? E qual foi o último?
Você marca seus livros? Se sim, como?


* Como produtor de conteúdo ou como pessoa: eu, Alex, não incentivo a pirataria. Valorize o trabalho do artista que você gosta, contribua para o sucesso dele. 😉
Alec Costa

Sou viciado em cafeína, ouço cem vezes as mesmas músicas, sempre deixo queimar o pão de queijo e jogo a colher no lixo, ao invés do pote de iogurte. Ah, e sou sempre o primeiro a derramar refrigerante nas festas. twitter instagram youtube email spotify

5 Comentários

  1. Caramba, esse é daqueles textos bons pra cacete!
    Hey, Alex, penso o mesmo que vc, o mais importante pra mim é ter alguém pra compartilhar a história que li e gostei, se não, qual a graça de ler sozinha? Por isso empresto, marco as páginas e frases que gostei e que me marcaram de alguma forma no momento da leitura. Acredito que o livro tem esse poder, quando se compartilha o amor por uma história, você se conecta a uma pessoa, ela estando do seu lado ou a horas de distância. E sim, isso é mágico e incrível demais. Lembro que quando comecei a ler Julia Quinn, os livros que comprei eram econômicos e eu sentia vergonha, mas depois a ficha caiu, na verdade me deu um soco, e gritou que o livro pode vir com capa dura, ou sem capa, a história continua a mesma, o importante é o que vc faz com ela, e, como vc disse, é ela que vai ficar com a gente.
    Gostei bastante desse texto, abraçooos!

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  2. Uau, adorei seu texto! Definiu bem o que passa na cabeça de muitos de nós leitores.
    Eu também já passei pela fase de não marcar nada. Até que comecei a usar os post-its e a deixá-los nos livros, deixando assim "minha marca" neles *-* (ainda não tomei "coragem" de marcá-los a caneta, mas quem sabe um dia... ^^')
    Acho super válido emprestar livros e ler livros emprestados; isso gera debates sobre as mais diversas história, o que é incrível! Eu e meus amigos estamos sempre emprestando livros uns para os outros, compartilhando assim as histórias que lemos. E também costumo ler muitos livros da biblioteca do meu bairro (especialmente quando quero muito ler determinado livro mas estou sem dinheiro pra comprá-lo no momento).
    Enfim, parabéns pelo excelente texto.

    Abraços

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  3. Oi, respondendo as perguntas. Não empresto mais meus livros pq qndo criança , não me devolviam e depois de adulta até que emprestei pra um amigo qu tem banca de revista. Um dia fui conversar com ele e vi meu livro todo detonado. Parecia que tinha encontrado num lixão de tão sujo que estava.
    Já li livros emprestados, mas faz mto tempo e não me lembro o título.
    Não tenho costume de fazer marcações. A única coisa que faço é colocar meu nome e o ano que em que comprei.
    Gostei mto do teu blog e ja me inscrevi na página do facebook. Abraços .

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  4. Oi, Alex.
    Adorei seu post!!
    Então, eu não empresto, porque não tenho para quem emprestar. Não sou tão apegada aos livros assim, não ligo de marcar com a orelha, por exemplo, ou de acontecer algum acidente, como cair no chão (já aconteceu). Compro livro de sebo e não ligo se tiver amarelado ou coisas do tipo. Eu andei doando alguns livros para a biblioteca da cidade onde moro, já troquei em grupos e vendi. Mas confesso que eram aqueles que eu não tinha gostado tanto ou que eu não me importava de tê-los na estante.
    Já li livro emprestado sim e o estraguei. Aí, comprei um novo pra menina e fiquei com o estragadinho. E marco com post-it os trechos que gosto (quando lembro de usar) hahahahaha...

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  5. Olá, eu em particular não gosto de nenhuma anotação em livros de ficção, então se eu fosse o seu neto provavelmente não ia gostar de nada anotado, pelo menos ao ler pela primeira vez. Talvez depois de terminar de ler, pra recordar e pensar sobre ele, aí sim.

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